sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O alvoroço

Nos braços de Hécate vi-me narcotizado;
em pleno estado cônscio senti-me entorpecido;
embebido em remanso, remotos foram os brados
que soavam ao longe como pífios ruídos.

Ouço a doce harpa a soar como formosas sereias,
porém nada me extrai do gozo incessante,
nem a mais alva ninfa me estonteia...
Vejo-me preso à teia do decesso doravante,

ao qual me aderi sem estigmas de hesitação;
libei Eros em sua essência, tateei Afrodite aos delírios.
No clímax do enlevo, perdi totais sentidos;
Foi-se a ebriedade, vi minha torpe destruição.

Ao abrir os olhos, afundei-me em prantos doridos, era apenas um caixão...

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