Dar-vos-ia a
exegese de minha loucura
se essa vos
fosse compreensível...
Dir-vos-ei
então: “Lamento, não há cura”,
para a vossa ilação exaurível.
Dai-me
concretas razões
para tais
insofismáveis ações;
por que me
iliçar na eufonia
se sou
insigne para a ousadia?
Forjar-vos-ia
uma boa vida,
não
espalharia este infame conhecimento
se a inépcia
é a vossa segura trilha,
iluminada
pela hipocrisia do sacramento...
Queimar-me-eis
em vossa própria ignorância,
que vos fez
cinzas há tempos...
Congratulai-vos,
ao menos,
para que eu
possa escarnecer-vos a tempo.
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